quinta-feira, 4 de julho de 2013

Avó

A avó era (e digo era porque faleceu há já uma dezena de anos) uma senhora alta.  A mim
pelo menos sempre me pareceu alta e elegante. Rígida e exigente, com a casa sempre muito bem arrumada e cuidada. Foi empregada de servir numa casa de gente abastada em Lisboa, isto lá pela década de 50 do século passado. Depois, conheceu o avô e tornou-se dona de casa. E na 2ª metade, da década de 60, nasço eu, a 1ª neta, menina, a única menina, a menina dos seus olhos.
Convivi muito com esta avó,(morávamos em ruas paralelas) mas parece que a minha memória me atraiçoa, pois recordo dela alguns episódios que me parecem tão distantes...

Hoje resolvi falar dela , porque infelizmente, nestes últimos sete meses, fui recetora de parte dos seus pertences. E de cada vez que pegava numa peça, recordava-a e em que  contexto a vi usar tal objeto ou peça.
Este mês vai haver o aniversário do casula cá de casa e eu faço questão de, as rendas da avó e as rendas que ela fez e me ofereceu há muitos, muitos anos, era eu ainda uma adolescente e pouco interesse mostrei pela oferta, saírem das gavetas para serem apreciadas.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É uma justa homenagem. Acho que ela, onde estiver, vai gostar de ver as minhas mesas lindas...
 

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